Romantismo

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Momento Histórico

• O Romantismo foi um movimento intimamente ligado às grandes revoltas do século XVIII. Por isso pode ser considerado um movimento revolucionário, isto é, que propunha mudanças. Podemos dizer que o Romantismo nasceu na necessidade que o homem do século XVIII tinha de libertar-se das regras que guiavam e orientavam sua vida.

• Com a Revolução Industrial, na Inglaterra e na Alemanha, principalmente, houve um aumento populacional nas grandes cidades. As pessoas eram convidadas a deixar o campo em busca de melhores condições de vida. No entanto, só encontravam exploração no trabalho e isso gerava um clima de grande insatisfação e agressividade. Era necessário portanto, encontrar meios para liberar toda a emoção daquele momento.

• Surgiu, então, um tipo de literatura que tinha por objetivo distrair o leitor, levá-lo ao mundo dos sonhos, fazer com que esquecesse a dura realidade em que vivia.

• Essa literatura é o Romantismo que tenta mostrar o lado bom da vida através da histórias e poemas cheios de emoção, tradição e muitas vezes, mistério. Nessa época apareceu o romance.

• O romance é uma narrativa longa que apresenta várias personagens em conflitos simultâneos, isto é, muitas situações são vividas ao mesmo tempo.

• Os primeiros romances falam da Idade Média e da preocupação de resgatar os valores medievais; a religiosidade, a honra, a verdade, o bom caráter, o herói, a pureza da mulher, o amor, etc. Era como se quisessem dizer "antigamente era bom".

• Os autores eram uma espécie de justiceiros, aqueles que tinham as verdades e cumpriam suas difíceis missões.

• Esse tipo de literatura tornou-se cada vez mais popular e começou a se espalhar pelo mundo. Quando chegou à França, encontrou uma nova revolução: a Revolução Francesa; uma revolução política, por meio da qual os burgueses tiraram a nobreza do poder em nome da liberdade. Os nobres e seus valores passaram a ser odiados e rejeitados.

• A burguesia passou a ser a expressão do mundo, isto é, representar a classe dominante no momento. A partir desse contato com os ideais de liberdade proposto pelos burgueses, o Romantismo, tanto em poesia como em prosa, desenvolveu-se e espalhou-se pelo mundo.

 Exercício para fixação

Características principais do Romantismo

Nacionalismo: O Nacionalismo era um sentimento de valorização da pátria e das tradições dos próprios países. Os poetas preocupavam-se em contar a história da formação de seu povo, idealizando os elementos mais importantes dessa formação. Na Europa, os autores resgataram a Idade Média em busca de valores como honra, verdade, religião, força, valentia, beleza, pureza, etc. Esse movimento também é conhecido como medievalismo.

No Brasil, como não houve Idade Média, o indío tornou-se o símbolo de tudo isso.

Culto à natureza: Para os românticos a natureza era o lugar de fuga, um lugar sagrado, era a própria divindade. A natureza, entretanto, se transformava de acordo com o estado emocional do autor (se ele estava triste, via tudo com tristeza). Os românticos, ao contrário dos árcades, que valorizavam a mitologia grega e romana, gostavam de falar da natureza como se fosse uma espécie de religião.

Liberdade de criação: Não havia obediência às regras do passado, cada autor era dono da sua própria inspiração e arte. O artista criava sua própria linguagem e não se preocupa mais com a forma do poema ou com a técnica (regra). A emoção deveria comandar a arte.

Subjetivismo: A emoção passou a guiar o pensamento dos artistas românticos e tornou-se o lugar da razão, que guiava o pensamento dos árcades anteriormente.

Individualismo: Cada artista valorizava seus próprios sentimentos.

Mal do século: Alguns artistas românticos mostravam uma grande tristeza, um profundo descontentamento em relação ao mundo que viviam. Por isso era comum textos deprimentes, marcados pelo tédio, falando da morte como se fosse a única maneira de aliviar as dores da vida. Muitos deles morreram de tuberculose (doença chamada Mal do Século porque não haviam encontrado, ainda, a cura).

Evasão (fuga): Os autores românticos encontravam três maneiras de fugir da realidade:

1. Através do tempo: falando do passado heróico ou idealizando um futuro perfeito;
2. Através do espaço: imaginando cenários exóticos ou valorizando a natureza como realização de Deus;
3. Através da morte: como forma de escapar dos males causados pelas decepções da vida.